Pesquisar este blog

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Semana da Pátria




Visitando alguns blogger, encontrei esta atividade na qual apliquei na minha turma e achei muito interessante.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Usando o compasso




Atividades realizadas pelos alunos: Rian e Ruan.


Traçando um círculo e vários semi- círculos com o compasso, observando o diâmetro, confeccionamos uma taturana.

domingo, 28 de agosto de 2011

CHAPEUZINHO VERMELHO DE RAIVA

- Senta aqui mais perto, Chapeuzinho. Fica aqui mais pertinho da vovó, fica.

- Mas vovó, que olho vermelho... E grandão... Queque houve?

- Ah, minha netinha, estes olhos estão assim de tanto olhar para você. Aliás, está queimada, heim?

- Guarujá, vovó. Passei o fim de semana lá. A senhora não me leva a mal, não, mas a senhora está com um nariz tão grande, mas tão grande! Tá tão esquisito, vovó.

- Ora, Chapéu, é a poluição. Desde que começou a industrialização do bosque que é um Deus nos acuda. Fico o dia todo respirando este ar horrível. Chegue mais perto, minha netinha, chegue.

- Mas em compensação, antes eu levava mais de duas horas para vir de casa até aui e agora , com a estrada asfaltada, em menos de quinze minutos chego aqui com a minha moto.

- Pois é, minha filha. E o que tem aí nesta cesta enorme?

- Puxa, já ia me esquecendo: a mamãe mandou umas coisas para a senhora. Olha aí: margarina, Helmmans, Danone de frutas e até uns pacotinhos de Knorr, mas é para a senhora comer um só por dia, viu? Lembra da indigestão do carnaval?

- Se lembro, se lembro...

- Vovó, sem querer ser chata.

Ora, diga.

- As orelhas. A orelha da senhora está tão grande. E ainda por cima, peluda. Credo, vovó!

- Ah, mas a culpada é você. São estes discos malucos que você me deu. Onde á se viu fazer música deste tipo? Um horror! Você me desculpe porque foi você que me deu, mas estas guitarras, é guitarra que diz, não é? Pois é; estas guitarras são muito barulhentas. Não há ouvido que agüente, minha filha. Música é a do meu tempo. Aquilo sim, eu e seu finado avô, dançando valsas... Ah, esta juventude está perdida mesmo.

- Por falar em juventude o cabelo da senhora está um barato, hein? Todo

desfiado, pra cima, encaracolado. Que qué isso?

- Também tenho que entrar na moda, não é, minha filha? Ou você queria que

eu fosse domingo ao programa do Chacrinha de coque e com vestido preto com bolinhas brancas?

Chapeuzinho pula para trás:

- E esta boca imensa???!!!

A avó pula da cama e coloca as mãos na cintura, brava:

- Escuta aqui, queridinha: você veio aqui hoje para me criticar é?!

Mario Prata


CHAPEUZINHO AMARELO


O poema a seguir conta a história de uma menina que possui muito medo.


Do que será que ela tem tanto medo? Vamos descobrir?


CHAPEUZINHO AMARELO


Era a Chapeuzinho Amarelo.


Amarelada de medo.


Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.


Já não ria.


Em festa, não aparecia.


Não subia escada nem descia.


Não estava resfriada mas tossia.


Ouvia conto de fada e estremecia.


Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.


Tinha medo de trovão. Minhoca, pra ela, era cobra.


E nunca apanhava sol porque tinha medo da sombra.


Não ia pra fora pra não se sujar.


Não tomava sopa pra não ensopar.


Não tomava banho pra não descolar.


Não falava nada pra não engasgar.


Não ficava em pé com medo de cair.


Então vivia parada, deitada, mas sem dormir,


com medo de pesadelo.


Era a Chapeuzinho Amarelo.


E de todos os medos que tinha o medo


mais que medonho era o medo do tal do LOBO.


Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe,


do outro lado da montanha,


num buraco da Alemanha,


cheio de teia de aranha,


numa terra tão estranha,


que vai ver que o tal do LOBO nem existia.


Mesmo assim a Chapeuzinho


tinha cada vez mais medo do medo do medo do medo


de um dia encontrar um LOBO.


Um LOBO que não existia.


E Chapeuzinho Amarelo,


de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com o LOBO,


de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim:


carão de LOBO,


olhão de LOBO,


jeitão de LOBO


e principalmente um bocão tão grande


que era capaz de comer duas avós,


um caçador, rei, princesa,


sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.


Mas o engraçado é que, assim que encontrou o LOBO,


a Chapeuzinho Amarelo foi perdendo aquele medo,


o medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO.


Foi passando aquele medo do medo que tinha do LOBO.


Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.


Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo. ( ... )


O lobo ficou chateado. ( ... )


LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO B0 LO BO BO ( ... )


(Chico Buarque. Chapeuzinho Amarelo. Rio de Janeiro, José Olympio, 1997.)


Chico Boarque de Holanda.


Mostrar uma a uma


De que fala o texto?


( )Fala de medo


( )Fala de músicas


( )Fala de crianças


Fala de coragem


Verificar


Qual é o titulo do texto?


( )Chapeuzinho Amarelo


( )Amarelinha


( )Chapeuzinho Vermelho


Medo


Verificar


Marque as opções de acordo com as coisas de que chapeuzinho tinha medo:


( )chorar


( )escrever


( )pesadelo


( )escada


( )trovão


( )conto de fada


( )rir


( )palhaço


Verificar


Quem é o autor da história?


( )Rita Azevedo


( )Carlos Holanda


( )Chico Buarque


http://www.anossaescola.com/cr/testes/medos.htm